sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

A Luz do Evangelho.

Certa vez Deus me disse : Cada qual vive na luz que recebe.
Tive o privilégio de subir algumas vezes o Monte Sinai, no Egito;  as vezes que o fiz, iniciava a longa subida de mais de 3.000 metros à meia noite, chegando ao pico da montanha antes do amanhecer, para evitar o sol causticante do deserto.

O grande inconveniente era a escuridão, o que amenizávamos com uma boa lanterna na mão, focando apenas o necessário para que passo a passo, sem focar nos abismos, subíssemos como se eles não existissem.

Às vezes em que subi, como lembrei de minha própria vida:  passos apressados no começo, paradas para descanso e reflexão de quando em vez , sentimentos de fracasso ao sentir o esgotamento físico e pensar em desistência, negociava a falência física , e sempre , em instantes depois , encontrava força no propósito inegociável da fé.

Quando eu paro e olho para o passado, tentando achar nele chão para pisar, encontro-me saudoso e embevecido da felicidade vivida.
Não a felicidade da vida sem lutas, pois certamente foram muitas, mas a felicidade de ter construído história, e não ter que achar o vazio da indiferença, daqueles que não constroem  suas próprias histórias , mas se tornam coadjuvantes dos acasos inevitáveis dos covardes.

Nessa vida há os que passam pela história, os que vivem a história e os que fazem a história.

Fiz história em minha vida, que grata conclusão, não terei que covardemente enriquecer o túmulo, enterrando como muitos , projetos , sonhos , poesias , negados a sua geração e às posteriores, mas poderei caminhar eternidade afora dizendo para o doador da vida:  Obrigado Senhor , porque um dia focastes a luz da sabedoria do Teu evangelho nas trevas e abismos da minha ignorância.
por Moises Romero

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